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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2% e 4% da população mundial é afetada pela escoliose, curvaturas laterais na coluna vertebral em formato de “S” ou “C” que não podem ser corrigidas com simples modificações posturais.

Apesar de afetar uma quantidade expressiva de pessoas, a escoliose idiopática, ou de causas desconhecidas, ainda provoca uma série de dúvidas.

Afinal, meu filho só tem o problema se sentir dores nas costas? Fisioterapia resolve? Se fizer a cirurgia, o adolescente nunca mais vai poder praticar esporte?

Pensando em esclarecer essas dúvidas, listamos alguns mitos e verdades comuns sobre a escoliose idiopática.

6 mitos e verdades sobre escoliose idiopática

1. A escoliose idiopática causa muita dor

Mito. Por mais curioso que possa parecer, o curvamento da coluna característico da escoliose idiopática, em geral, não causa dor em crianças e adolescentes em seus estágios iniciais.

Justamente por isso, não é incomum que seja mais tardiamente diagnosticada, quando o grau de curvatura da coluna já se acentuou. Por isso, é importante que pais e cuidadores estejam atentos, para que o problema não passe completamente despercebido na infância.

2. Não tratar a escoliose idiopática pode trazer riscos graves

Verdade. Ainda que não provoque dor, a escoliose idiopática precisa ser tratada. Isso porque quando atinge a curvatura de 40º até o fim da idade de crescimento, ou seja, por volta dos 18 anos, a tendência é que o problema evolua na base de 1 a 1,5 graus anuais.

Uma progressão tão rápida pode provocar deformidades, problemas cardiorrespiratórios e neurológicos e diminuir a qualidade de vida do paciente. Além disso, quanto maior for a curvatura, maiores são as chances de que seja necessária uma intervenção cirúrgica para resolver o problema.

3. Tratamentos alternativos como a fisioterapia e o colete podem corrigir a curva da escoliose

Mito. Não há qualquer evidência científica de que tratamentos alternativos, como a fisioterapia e o uso de coletes podem corrigir a curva da escoliose idiopática e resolver o problema.

Na verdade, esses métodos são úteis para frear o crescimento da curvatura da coluna, mas não para revertê-la, o que só pode ser feito por meio de um procedimento cirúrgico.

4. A cirurgia é necessária em curvas acima de 45º

Verdade. Curvaturas entre 40º e 50º em crianças e adolescentes, além dos prejuízos estéticos e na qualidade de vida, podem provocar problemas graves de saúde.

Por isso, nesses casos, o tratamento cirúrgico costuma ser indicado como forma de evitar a progressão do problema e realizar correções significativas.

5. A cirurgia restringe as atividades permanentementes

>Mito. A cirurgia para correção da escoliose idiopática não restringe a mobilidade de maneira permanente. Em geral, os pacientes costumam retomar as atividades esportivas sem contato físico entre 4 e 6 meses após a realização do procedimento.

Atividades que exigem muita flexibilidade podem levar um tempo maior de adaptação mas, na maior parte dos casos, 1 ano após a cirurgia os pacientes passam a executar também esses exercícios com a mesma agilidade de antes.

6. O grau de correção da cirurgia depende da flexibilidade da escoliose

Verdade. Embora seja possível obter resultados significativos com a realização da cirurgia, o grau de correção vai depender da flexibilidade da curva. Quando maior ela for, maior será a correção atingida durante o procedimento cirúrgico.

Vale lembrar ainda que a escoliose idiopática do adolescente pode ser influenciada por uma série de fatores.

Por isso, é essencial consultar um especialista para que ele possa realizar o diagnóstico e prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

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