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Alterações Posturais

A coluna vertebral é responsável pela sustentação e equilíbrio do corpo humano. Quando vista por trás, não é possível perceber com clareza as curvas fisiológicas naturais presentes, importantes para equilibrar a cabeça e o tronco sobre a pelve.

A coluna vertebral se estende desde o crânio até a pelve. Na parte do pescoço ocorre a lordose cervical. Na parte dos ombros até a costela, há a cifose torácica, enquanto na parte inferior, está a lordose lombar, todas curvaturas naturais do corpo humano. O correto funcionamento é importante para evitar que algumas regiões fiquem sobrecarregadas.

Também chamada de espinha dorsal, a coluna é responsável, ainda, pela proteção da medula espinhal, promovendo toda a flexibilidade vertebral e auxiliando na locomoção e postura.

Nossa rotina diária é é repleta de atividades que acabam prendendo a atenção e, por isso, muitas vezes, as realizamos com posturas incorretas, as quais podem afetar, consideravelmente, a saúde da coluna e, consequentemente, a nossa qualidade de vida.

Cifose e Lordose

A Cifose e a Lordose são curvaturas fisiológicas naturais da coluna. A primeira desenvolve-se na região posterior do tórax, enquanto a segunda localiza-se na região lombar e cervical.

No entanto, apesar de naturais, é possível que as curvaturas se excedam, isto é, aumentem, influenciando diretamente na postura. Conforme as alterações tomam maiores proporções, tais desvios anormais podem resultar em graves problemas.

A cifose acontece na parte torácica da coluna, que tem início na 1ª vértebra se estendendo até a 12ª e o correto é que essa curvatura esteja entre 20º e 45º. Existem casos em que essa curvatura atinge graus superiores a 45, ou seja, acentua-se, resultando em uma anormalidade denominada ‘Hipercifose’.

Caracterizada pela acentuação da cifose, a Hipercifose é popularmente chamada de “corcunda”. Dentre as principais formas de acentuação de curvatura, a mais clássica é a Cifose de Scheuermann, que consiste no acunhamento das vértebras durante a adolescência. Outra condição irregular da coluna torácica é a ‘Hipocifose’, caracterizada pela redução ou minimização da curvatura natural de cifose.

Em relação à Lordose, curvatura localizada na região lombar (composta por 5 vértebras lombares) da coluna, há duas formas de enquadrar-se em condições anormais: ‘Hiperlordose’ e ‘Hipolordose’.

Caracterizada pelo aumento excessivo da curvatura, a hiperlordose ocasiona alterações posturais que podem modificar o alinhamento da bacia. Já a Hipolordose caracteriza-se pela redução da curvatura, podendo resultar no comprometimento de mobilidade da coluna na região afetada. Assim, ambas as condições são capazes de causar alterações posturais, uma vez que elas influenciam a coluna nas áreas cervical e torácica.

Cifose Postural

A cifose postural tem como causa a má postura. Muito comum em adolescentes e jovens adultos, pode ser acompanhada pela hiperlordose. Na grande maioria das vezes, os pacientes que sofrem de cifose postural não possuem alterações no formato das vértebras.

Para corrigi-la, é necessário uma mudança de hábitos, pois, principalmente na faixa etária em que esse problema acontece, há o relaxamento da postura quando em pé ou sentado, resultando no movimento de curvatura da coluna para frente.

Dentre as medidas a serem aplicadas para ajudar a corrigir a cifose postural estão a educação postural, exercícios e, até mesmo, fortalecimento da musculatura.

Flat Back (costas planas)

A Flatback, ou ‘costas planas’, como também é conhecida, é caracterizada pela redução da lordose lombar, resultando no dorso plano. Ou seja, a coluna perde sua curvatura natural. Geralmente, é uma condição percebida no momento em que o paciente encontra-se de pé, pois a coluna fica desequilibrada, com tendência à inclinação para frente.

Essa falta de equilíbrio pode resultar na perda de qualidade de vida, pois é possível que o paciente apresente fadiga e dor muscular.

Algumas das causas dessa condição são doença degenerativa do disco, fraturas por compressão ou espondilite anquilosante. Esse problema também pode acontecer depois de cirurgias, principalmente depois de uma artrodese (fusão das vértebras).
Desequilíbrio sagital

A coluna vertebral desempenha papel fundamental no alinhamento postural e o Desequilíbrio Sagital interfere justamente nesse alinhamento (desde a cabeça até a pelve). Isto é, nota-se que o paciente não consegue manter-se reto enquanto está de pé.

É importante destacar que quanto maior e mais frequente for a inclinação para frente, maior a tendência do corpo inclinar-se cada vez mais.

Existem dois tipos de Desequilíbrio Sagital: fixo ou flexível. O fixo é caracterizado pela incapacidade de manter o equilíbrio quando de pé e o flexível indica que é possível mantê-lo com esforço (sustentando os quadris e joelhos retos).

Além disso, o Desequilíbrio Sagital pode ser classificado como: compensado e descompensado. O primeiro indica que o corpo tem a capacidade de adaptação, enquanto o segundo significa que não é possível.

As causa do Desequilíbrio Sagital são dividas entre local, regional e mista. A local é caracterizada pela acentuada inclinação causada por algumas vértebras. Na regional, muitas vértebras causam suave inclinação para frente. E a mista consiste em uma mistura entre as duas.

A Síndrome de Desequilíbrio Sagital pode ser causada por malformação congênita da vértebra, impossibilitando o desenvolvimento adequado da lordose lombar e, consequentemente, afetando o equilíbrio do tronco. Durante a infância, a coluna tende a ser mais flexível, compensando o desequilíbrio, porém, com o passar dos anos, essa capacidade de adaptação é reduzida.

Além disso, a falta de capacidade de adaptação do corpo depois de um procedimento cirúrgico também pode resultar no desenvolvimento dessa condição, pois é possível que não haja compensações em relação às alterações no alinhamento sagital. Pode ser causada também pelo ‘dorso plano’, infecção ou Síndrome Juncional.

Perguntas frequentes

Perguntas e dúvidas mais comuns dos pacientes