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A cervicalgia ou dor na coluna cervical é um problema muito comum, que afeta cerca de 10% da população adulta. Pode variar de uma dor surda a uma sensação de choques sobre a pele. Outros sinais e sintomas que acompanham a cervicalgia, tais como dormência ou fraqueza muscular, podem ajudar a identificar a causa da dor cervical do paciente. A maioria das dores na coluna cervical dura apenas um curto período de tempo: algumas horas ou dias. A dor que persiste mais do que algumas semanas é considerada crônica. É importante que o paciente saiba que mesmo a cervicalgia persistente pode ser aliviada por meio de exercícios, alongamentos, fisioterapia e, se necessário, uma cirurgia. A consulta a um especialista em coluna é essencial.

A doença de Scheuermann é um problema no desenvolvimento da coluna vertebral, produzindo um arqueamento anormal das costas (cifose), responsável por causar uma má-postura muito dolorosa. Acomete indivíduos de ambos os sexos e em qualquer idade. O diagnóstico da doença de Scheuermann é obtido por meio de um exame físico e radiografias da coluna. O tratamento varia de acordo com diferentes fatores, como idade do paciente, o grau de curvatura, a presença ou ausência de dor nas costas e se há um funcionamento e desenvolvimento pulmonar normal.

A escoliose é uma deformidade da coluna caracterizada por um desvio anormal da coluna vertebral. Ele pode ser congênita, secundária a uma condição médica (tal como espinha bífida, perturbações neuromusculares ou tumores) ou, mais comumente, idiopática (sem causa definida).A adolescência é a época mais comum para o aparecimento da escoliose idiopática. 3% da população vai exibir um certo grau de escoliose, mas apenas 10% das pessoas necessitam de tratamento para a condição. O diagnóstico é feito por meio da medição do ângulo de Cobb. Um ângulo na coluna superior a 10 graus é classificado como escoliose. Saber se um ângulo vai progredir é fundamental na escoliose, pois apenas três décimos de 1% dos pacientes com escoliose apresenta uma piora suficiente para requerer intervenção.

Herniação descreve uma anormalidade do disco intervertebral, que também é conhecida como um “extravasamento”, “ruptura” ou “abaulamento”. Este processo ocorre quando o núcleo pulposo do disco intervertebral projeta-se para fora através da camada externa do disco (ânulo fibroso). Este deslocamento de parte do disco provoca dor nas costas. Se o disco saliente comprime um nervo espinhal, a dor pode se irradiar para a área do corpo que é suprida por esse nervo.

Dor aguda

A dor lombar aguda é definida como a dor lombar presente por até seis semanas. Pode ser sentida como dor, queimação, pontada, aguda ou opaca, bem definida ou vaga. A intensidade pode variar de leve a grave e pode oscilar. A dor pode irradiar para uma ou ambas as nádegas ou até mesmo para a área da coxa / quadril. A dor lombar pode começar após uma atividade extenuante ou trauma intenso, mas geralmente não está relacionada a uma atividade específica. Pode começar repentinamente ou desenvolver-se gradualmente.

Dor crônica

A dor lombar é considerada crônica se estiver presente por mais de três meses. Pode se originar de uma lesão, doença ou estresse em diferentes estruturas do corpo. O tipo de dor pode variar muito e pode ser sentida como dor nos ossos, dor nos nervos ou dor muscular. A sensação de dor também pode variar. Por exemplo, a dor pode ser aguda, ardente, aguda ou formigamento, aguda ou opaca e bem definida ou vaga. A intensidade pode variar de leve a grave. A dor lombar crônica pode ser o resultado de muitas condições diferentes. Pode começar por doenças, lesões ou estresses em várias estruturas anatômicas diferentes, incluindo ossos, músculos, ligamentos, articulações, nervos ou medula espinhal. A estrutura afetada envia um sinal através das terminações nervosas, que sobe pela medula espinhal e para o cérebro, onde é registrado como dor.

A cifose e a lordose são curvaturas fisiológicas naturais da coluna. A primeira desenvolve-se na região posterior do tórax, enquanto a segunda localiza-se na região lombar e cervical.

Cifose

A cifose na região da coluna torácica é normal mas, quando exagerada, pode ser um problema apenas postural ou pode ser consequência de um grande número de patologias da coluna, desde a degeneração até os traumatismos. A causa mais comum de cifose anormal em pessoas jovens é a Doença de Scheuermann, um distúrbio do crescimento das vértebras e cartilagens que piora na puberdade. O sintoma mais chamativo é a própria deformidade da coluna, com uma curvatura exagerada do tronco, formando uma giba. Entretanto a cifose exagerada, diferente da escoliose, tende a provocar mais dor, não apenas no dorso, mas também na cintura e no pescoço. 

Lordose

A lordose é normal nas regiões cervical e lombar mas, às vezes, pode ser exagerada (hiperlordose) ou, com mais frequência, pode estar diminuída (“flat back”), causando desequilíbrio postural e dor. Certas condições podem contribuir para a curvatura excessiva para dentro da coluna vertebral, incluindo osteoporose (fragilidade óssea / enfraquecimento), obesidade, espondilodiscites (infecção do espaço do disco vertebral), distúrbios neuromusculares, cifose torácica (curvatura excessiva da coluna vertebral para fora), espondilolistese (escorregamento de uma vértebra sobre a outra) e acondroplasia (nanismo). A hiperlordose também pode ser o resultado de má postura.

A espondidolistese ocorre quando uma vértebra desliza para a frente sobre as vértebras adjacentes. A condição pode estar relacionada ao desenvolvimento , defeito congênito, ou mesmo por desgaste (artrose) das articulações da coluna vertebral. Pode produzir tanto uma deformidade progressiva da coluna, como também um estreitamento do canal vertebral e pode causar dor nas costas, dor nas pernas e outros sintomas. Devido à variedade dos fatores causais, os diferentes tipos de espondilolistese podem ter apresentações clínicas distintas. Vale ressaltar que sintomas como dor lombar, depressões da pele na região lombar, contratura da musculatura posterior da coxa (que pode causar dificuldade de marcha) e dor irradiada para os membros inferiores podem estar presentes independente do fator causal. Sintomas como dor noturna (na qual o paciente acorda durante a noite), emagrecimento, perda de força ou sensibilidade nos membros inferiores são sintomas menos comuns, porém igualmente importantes.

O processo de envelhecimento provoca alterações na coluna vertebral, o que pode levar a uma variedade de condições que podem requerer tratamento. Doença degenerativa discal, artrose facetária, formação de “bicos de papagaio” (osteófitos), são possíveis consequências do envelhecimento e desgaste das articulações da coluna (artrose ou espondiloartrose). A osteoporose, mesmo que não cause diretamente o desgaste articular, pode enfraquecer as vértebras e causar fraturas extremamente dolorosas. Enquanto a dor em várias áreas da coluna vertebral pode ser um incômodo, problemas neurológicos, tais como fraqueza e dormência, requerem avaliação e tratamento urgente e minucioso para evitar graves ou permanentes perdas de função. A prevenção da osteoporose e de suas complicações subsequentes também pode prevenir muitos dos problemas de coluna na terceira idade.