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Escoliose é o termo usado para designar curvaturas laterais na coluna vertebral. Se você notar esses sinais no seu filho, é bom ficar atento. Clique aqui para saber mais.

Um certo desconforto ao carregar a mochila para o colégio, sapatos mais gastos de um lado que do outro, ombros e quadril desalinhados. Se você notar esses sinais no seu filho, é bom ficar atento: ele pode estar sofrendo de escoliose idiopática.

Quando não avaliado adequadamente o problema pode se agravar e acabar exigindo tratamentos mais longos e até cirúrgicos. Para evitar que isso aconteça, informação é fundamental. Por isso, elencamos as principais dúvidas sobre o tema. Continue a leitura e saiba mais!

Afinal, o que é escoliose idiopática?

Escoliose é o termo usado para designar curvaturas laterais na coluna vertebral que, diferente do que acontece com desvios decorrentes de má postura, não podem ser corrigidas com simples modificações posturais.

Esse tipo de problema é facilmente identificável em uma radiografia. A coluna, em vez de uma linha reta, aparece representada com uma curvatura em formato de “S” ou “C”, o que pode provocar assimetrias no quadril ou nos ombros.
A escoliose pode provocar ainda uma rotação nas vértebras, o que deixa as costelas mais salientes de um lado na região das escápulas. Já o termo idiopático quer dizer de “causa desconhecida”, o que costuma acontecer em mais de 80% das ocorrências do problema.
A escoliose idiopática é chamada de:
  • Infantil: quando diagnosticada em crianças de 0 a 3 anos;
  • Juvenil: na faixa etária dos 4 aos 10 anos de idade;
  • Adolescente: quando inicia em pacientes de 11 a 18 anos;
  • Adulta: a partir dessa idade.

Quais são os principais sintomas da escoliose idiopática?

Ao contrário do que se pode imaginar, o principal sintoma da escoliose idiopática não é a dor muscular. Em geral, esse tipo de sinal só se manifesta na fase adulta da doença. No entanto, existem outros sintomas bastante característicos do problema, como:

  • Ombros assimétricos, ou seja, mais elevado de um lado que do outro;
  • Tronco inclinado para um dos lados;
  • Ombro projetado à frente do outro;
  • Quadris assimétricos, ou seja, mais elevado de um lado que de outro;
  • Quadril projetado de um lado à frente do outro;
  • Membros inferiores que aparentam ser de tamanhos diferentes;
  • Em casos extremos, dificuldade para respirar, já que a escoliose limita a expansão da caixa torácica.

Quais são os principais tipos de escoliose?

A escoliose pode ser dividida em 4 tipos diferentes:

  1. Idiopática: o tipo mais comum, a escoliose idiopática é originada por causas desconhecidas e costuma aparecer em pacientes com predisposição genética;
  2. Neuromuscular: esse tipo de escoliose está relacionado a presença de uma doença de origem neuromuscular, como a paralisia cerebral ou a poliomielite, sem qualquer relação com o desenvolvimento esquelético;
  3. Congênita: nesse caso, a escoliose é provocada por uma má formação das vértebras e dos arcos costais, o que geralmente pode ser diagnosticado já nos primeiros anos de vida;
  4. Degenerativa: esse tipo de escoliose é observado na vida adulta, secundária ao desgaste das articulações (artrose);
  5. Postural: esse tipo de escoliose é flexível e provocada por alterações não relacionadas à posição ou formação das vértebras, como por exemplo a diferença de tamanho dos membros inferiores;
  6. Antálgica: nesse caso, a escoliose é transitória e está relacionada a dores provocadas, por exemplo, por tumores ou hérnias discais. O problema pode ser revertido quando a causa da dor é interrompida.

Quais são os principais tipos de tratamento para a escoliose idiopática?

O tratamento ideal para a escoliose idiopática deverá ser avaliado individualmente pelo médico, que, após analisar a radiografia, levará em consideração fatores como a localização e a gravidade da curva para fazer a prescrição.

Em geral, pacientes com curvas de menor gravidade, de até 20 graus, costumam ser monitorados para avaliar a progressão. Entre 25 e 50 graus, a escoliose requer tratamento imediato e, acima dessa curvatura, há a necessidade de cirurgia para restabelecer o alinhamento da coluna.
O tratamento mais comum para escoliose idiopática é o uso de um colete especialmente desenvolvido para frear o crescimento da curva. Para prescrever o tratamento, além da gravidade da curva, o médico costuma considerar também a velocidade de progressão e o potencial de crescimento restante.
O tipo de colete também será determinado pelo médico levando em consideração características individuais do paciente, como:
  • Localização;
  • Flexibilidade e número de curvas;
  • Posição e rotação das vértebras;
  • Eventuais outras condições médicas.
O tratamento deverá ser realizado até o fim do crescimento da coluna vertebral, o que pode variar bastante de um paciente para outro, e o tempo diário de utilização do colete é de 14 a 23 horas por dia em grande parte dos casos.
É importante considerar ainda que não há evidências científicas de que tratamentos alternativos, como quiropraxia e acupuntura, sejam eficazes na solução do problema, mas podem às vezes melhorar a qualidade de vida do paciente.
Somente nos casos em que a curvatura supera os 45-50 graus é que o médico costuma recomendar o tratamento cirúrgico. O procedimento dura entre 4 e 12 horas e, na maior parte dos pacientes, é possível obter curvaturas de menos de 25 graus.
Imediatamente após a cirurgia, a dor costuma ser mais intensa que antes de sua realização, mas o desconforto, geralmente, atenua-se progressivamente ao longo das semanas ou meses subsequentes.
—Gostou de entender melhor os sintomas e tratamentos da escoliose idiopática? Se você ainda tem dúvidas sobre o assunto e deseja agendar uma consulta com um especialista, entre em contato agora mesmo com o Dr. Pedro Petersen!
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