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A coluna é uma das partes do corpo mais atingidas por distúrbios musculoesqueléticos. A lombalgia, por exemplo, é bastante comum. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 80% da população sofre desse mal.

Outro problema que pode ocorrer na coluna é a escoliose. A doença, quando grave,  pode comprometer a qualidade de vida das pessoas, inclusive de crianças e adolescentes.

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA), assim como outros tipos, é caracterizada por uma curvatura na coluna que pode revelar o formato de C ou de S quando vista de frente ou de costas.

Ela costuma ocorrer entre 10 e 18 anos de idade. Por definição, o grau é maior do que 10 e normalmente é mais observada em mulheres

Mas quais são as causas da EIA? Por que esse tipo de escoliose é chamado dessa forma? Quando identificar a gravidade e iniciar o tratamento?

Veja as respostas para essas e outras perguntas abaixo! Boa leitura.

Como se desenvolve a escoliose idiopática do adolescente?

O termo “idiopática” associado à escoliose não é por acaso. Isso significa que em até 80% das vezes ainda não se sabe quais são as causas desse tipo de doença. O termo escoliose “do adolescente” é usado pois essas curvas geralmente surgem logo antes e durante o estirão de crescimento que ocorre na adolescência.

Existem também outros tipos de escoliose que não a idiopática. Por exemplo, podemos falar das causas congênitas, como a má formação óssea ou fusão dos arcos costais (costelas), ou de causas neuromusculares, como a paralisia cerebral.

Como identificar?

Além da questão estética, como a aparência do desvio lateral, há outras características visíveis – especialmente em uma avaliação profissional, onde alguns pontos típicos da escoliose idiopática podem ser identificados:

  • Ombros e quadris em desnível, ou seja, o ombro e o quadril (medidos pela crista ilíaca) de um lado são mais elevados que do outro;
  • Diferença entre os tamanhos dos membros inferiores, sendo um maior que o outro;
  • A cintura e a caixa torácica encontram-se desviadas para um dos lados do corpo;
  • Os mamilos também estão assimétricos (um mais elevado que o outro);
  • Escápulas e costelas proeminentes em um dos lados da caixa torácica.

Quais os sinais de gravidade?

Complicações graves em escoliose (como respiratórias e neurológicas) geralmente só ocorrem em curvas graves acima dos 80-90º. Contudo, curvas acima dos 40-50º tendem a piorar progressivamente, o que faz diferença ao longo de toda uma vida, já que essas complicações surgirão quando a pessoa for mais idosa.

Os sinais de gravidade se desenvolvem em consequência do grau de curvatura, que normalmente é medido pelo Método de Cobb. Vejamos quais são eles:

  1. Dores constantes na coluna, podendo ser em mais de uma região;
  2. Problemas de desgaste articular, especialmente no quadril e joelho;
  3. Dificuldade para respirar;
  4. Problemas emocionais por conta da aparência estética e deformidade;
  5. Complicações para fazer diversos movimentos, como sentar, pegar um objeto no chão, correr, entre outras atividades da vida diária.

Quais as opções de tratamento?

O tratamento dependerá do grau da escoliose idiopática, como também da gravidade da situação. Afinal, quanto antes o paciente for diagnosticado, mais cedo começará o tratamento e, consequentemente, as complicações ao longo da vida serão minimizadas.

O fato é que, quem possui curvatura de até 40 ou 45 graus não precisa se submeter ao tratamento cirúrgico. O tratamento fisioterapêutico combinado com o uso de coletes durante o crescimento é suficiente.

Também pode ser realizado um tratamento por métodos de reabilitação, como o RPGpilates, técnica de Schrott, e outros que poderão ser indicados pelo seu médico. Eles conseguem devolver a qualidade de vida e melhorar a confiança do paciente.

A cirurgia é indicada para quem possui curvatura de cerca de 45 graus ou mais (casos graves e extremos). Após o procedimento, raramente é necessário o uso de colete, e o paciente já pode sentar, andar e movimentar-se normalmente imediatamente após o procedimento. São inseridos parafusos de titânio conectados a algumas hastes. Assim, é possível alinhar a coluna, deixando-a saudável novamente.

Independente do grau de curvatura, é essencial o acompanhamento médico para o monitoramento da coluna e o progresso do paciente ao longo do tratamento.

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