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Receber o diagnóstico de escoliose idiopática traz preocupação e angústia tanto para o adolescente quanto para os seus responsáveis. No entanto, é preciso ter em mente que, com acompanhamento de um especialista e o tratamento adequado, é possível conviver bem como o problema e garantir uma excelente qualidade de vida.

Para que isso aconteça, entretanto, é importante estar bem informado sobre o assunto. Pensando nisso, reunimos nesse post alguns dados importantes sobre o tratamento da escoliose idiopática para que você saiba o que esperar após o diagnóstico. Confira!

Em primeiro lugar, o que é escoliose idiopática?

A escoliose idiopática ou de causas desconhecidas nada mais é do que uma curvatura lateral na coluna vertebral em formato de “S” ou “C” que provoca assimetrias no quadril ou nos ombros e não pode ser corrigida com modificações posturais.

O problema pode provocar ainda uma rotação das vértebras, deixando as costelas mais salientes de um lado na região das escápulas. A condição, que geralmente se manifesta na adolescência, em geral não provoca dor, mas causa modificações estéticas capazes de gerar grande angústia em uma fase da vida já marcada por muitas inseguranças.

Como é feito o diagnóstico da escoliose idiopática?

Em geral, o diagnóstico da escoliose idiopática é feito por meio de exames clínicos que são posteriormente confirmados por radiografias.

Um dos procedimentos mais comuns para o diagnóstico do problema é o chamado teste de Adams. Nele, o médico solicita que o paciente, sem flexionar os joelhos e com as mãos unidas, incline o tronco para a frente com os pés juntos.

Dessa maneira, o especialista é capaz de avaliar se há alterações na altura do tórax, desequilíbrios ou qualquer outra eventual deformidade que indique a presença da escoliose idiopática.

O especialista em coluna também deverá analisar de maneira geral a simetria do corpo, verificando se quadris e ombros estão na mesma altura ou se apresentam inclinações ou curvaturas laterais.

O médico buscará ainda por alterações na pele de que indicam a presença de escoliose provocada por um defeito de nascença (por exemplo, a neurofibromatose). Testes que avaliam a amplitude de movimentos, os reflexos e a força muscular do paciente também auxiliam no diagnóstico.

Caso a aplicação desses métodos ofereça um resultado positivo, o especialista deverá solicitar radiografias da coluna vertebral com o intuito de confirmar a doença

Além de fechar o diagnóstico de escoliose idiopática, o exame de raio-X tem como objetivo medir o avanço da deformidade e avaliar o seu curso provável, garantindo ao profissional subsídios para prescrever o tratamento.

Recebi o diagnóstico de escoliose, e agora? Como é o tratamento?

É importante ter em mente que o tratamento para escoliose idiopática é sempre prescrito levando em consideração o grau de curvatura da coluna e as chances de progressão da doença.

Por isso, o tratamento cirúrgico só é recomendado em pacientes com curvaturas acentuadas, a partir de 45 a 50 graus ou entre 40 e 45 graus em casos específicos, e não deve ser realizado apenas com base em questões estéticas.

Em geral, quando a curvatura diagnosticada é pequena, abaixo de 25 graus, o médico recomendará apenas que o caso seja acompanhado com radiografias de rotina a cada 6 meses, para certificar-se de que não há progressão significativa do problema

Nesses casos, técnicas complementares, como a acupuntura, podem ser utilizadas como alternativas para diminuir eventuais dores. No entanto, é importante ter em mente que dores na coluna não são sintomas comuns de escoliose idiopática e podem ocorrer com qualquer pessoa.

Caso a curvatura esteja entre 20 e 40 graus em pacientes que estão em fase de crescimento, o tratamento indicado é a utilização de um colete ortopédico, única opção não cirúrgica que possui efeitos cientificamente comprovados na estabilização da progressão da curvatura.

Adicionalmente, outras medidas podem ser tomadas como o objetivo de oferecer uma melhora na qualidade de vida no paciente. Essas alternativas, entretanto, não atuam no realinhamento das vértebras ou na estabilização da curvatura, e devem ser utilizadas apenas para ampliar o bem-estar. São elas:

  • Fisioterapia;
  • RPG;
  • Pilates;
  • Técnica de Schrott;
  • Alongamentos;
  • Exercícios físicos.

Como você pode ver, o tratamento da escoliose com um especialista em coluna pode garantir uma excelente qualidade de vida ao portador mesmo sem a realização da cirurgia, que só deve ser considerada em casos de curvaturas acentuadas.

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